Psicopatologia da vida quotidiana # 18

A caixa do supermercado, entre os trinta e os quarenta: “Somos doze lá em casa, agora. Dormem na sala, no corredor e no sótão. A gente lá se arranja. Não há melhor do que este período entre o natal e o ano novo. Vem sempre a minha irmã de França, e o irmão do meu marido, da Suíça. E a minha mãe vem da aldeia. Há uma prenda ou duas para cada miúdo, e decidimos entre todos como é. São mesmo prendas, as necessidades compram-se antes ou depois, não vamos estar a usar o natal para isso. Para os adultos, damos à vez uma prenda razoável a cada casal. Mais nada. Este ano calhou ao irmão do meu marido. A minha mãe diz que a ela lhe basta estar com os filhos e os netos. E para mim o natal é isso. Não há zangas que aguentem, a gente chega a esta altura e passa tudo. Pelo menos, até agora tem sido assim.”

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