arrumados os jornais de fim-de-semana, voltemos ao que interessa

Dois posts de fundo, nos idos 25, a propósito dele, e por acaso (mesmo só por acaso) sovando imp(la)ecavelmente quem do mesmo 25 não desdenha, mas faz gala em fazer tão de conta que não foi aquilo que também foi, que é como se. Para ler bem o presente:
"25 de Abril. Querela", de Maria Velho da Costa
[Bombyx-Mori]
"Pura desonestidade", de João Pedro Henriques [Glória Fácil]

Também post de fundo, âmbito diferente, a delirante reportagem da festa da música:
"Coluna do Oleodoro", no Bandeira ao Vento


Matéria directamente citável, pela sua maior brevidade, negritos da minha responsabilidade (melhor dizendo, da minha invenção, a jeito de comentário, a bem dizer todos desnecessários excepto ao post do Pedro Lomba, por imperativos de defesa da "honra" da Agustina, ou de outra maneira ficaria o meu tanto irritado — já sei que a Agustina se estaria nas tintas para isso, e muito bem, mas se me permitem não gosto de me irritar em vão):


Aviso à navegação
[A Natureza do Mal]

"Enquanto o governo faz a política da direita (o desmantelamento do estado social) o presidente faz o discurso da coesão social.
O povo diverte-se nas montras dos centros comerciais. O povo é ignorante, obeso, preguiçoso e toxicodependente. Hão-de passar mil anos até que tome o comando, ou alguém por ele.
O gerente do banco já tem o palacete quase pronto. E o Parque Verde o último andar. E a ponte da Inês a inauguração pedonal. E a bebedeira intensiva dos estudantes-padres. Está tudo quase pronto."


Pois, mas a romancista não é uma historiadora [Vício de Forma]
"Cito de memória. No dia 26 de Abril de 1974 Agustina Bessa Luís escreveu nos seus cadernos (ou talvez numa comunicação, não sei bem): “agora que a revolução acabou”. Extraordinário: “agora que a revolução acabou”. Tinha passado um dia."


Crítica literária [Solvstag]
"Não é fácil dizer bem
Começei ontem a ler Não é fácil dizer bem - críticas, obsessões e outras ficções (Tinta-da-China), e acho que o João Pedro George está mais gordo."


Crítica de cinema [A Praia]
"Sensatez
Achei que evidentemente A History of Violence era um filme sobre o pós-11 de Setembro. A minha irmã achou que era sobre O Casamento. A minha irmã é muito mais sensata."


Vida cultural [Agridoce]
"Eu fui ao Cultura Estúpido # 3
o melhor momento do debate foi trazido por Ferreira Fernandes directamente de uma parede da Rua do Salitre, na qual se diz "Se Deus existe isso é problema dele". José Policarpo não comenta."


Vida sentimental 1 [A Praia]
"Name of the game
O sexo não é muito importante para a maioria dos casais que eu conheço. O desporto realmente importante é esticar a corda."


Vida sentimental 2 [Educação Sentimental]
"mulheres com sonhos de meninas
Não tenho qualquer problema com a ideia do príncipe encantado. O que me incomoda é essa coisa de andar a beijar sapos para descobrir um."

Cartoon [A Natureza do Mal]
"A Igreja vai rever a sua posição. É altura do António pôr o preservativo em Ratzinger. Como um mal menor, mas no sítio."


Pequena história de última página [Dias Felizes]
"Bala
«SARAH, sozinha: Quando tinha doze anos dei um tiro na cabeça. Desde aí que a bala circula no meu corpo e ainda não explodiu ainda procura o seu alvo.» Michel Azama, Zoo Nocturno."

pano. pianinho para não assustar o resto do dia.
de todo o modo anda pouca gente na rede. mesmo eu já estou de saída, foi só enquanto tomava o pequeno-almoço.

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