A Leitora, no seu infinito particular (XXXVIII)

- Estás a perder a meia dúzia de leitores que tinhas, Luís. Demasiado Senhor Walser, parece um blog monotemático.
- Hum...
- Que é que te deu?
- Aconteceu-me, que queres? Pensa-se que a crítica é uma coisa que só a vontade determina, mas não é bem assim. Muitas vezes é assim, mas nem sempre. Às vezes a gente começa, a pensar que é só um post, no máximo dois, e quando dá por ela a coisa vai encaminhada a outro fim e não nos é permitido parar.
- Não nos é permitido parar?
- Enfim, percebes o que eu quero dizer.
- E quando é vais falar do referendo e...
- Dizer que sou pelo sim? Mas isso já se percebeu há muito.
- Pois, isso já se tinha percebido, mas disseste que ias falar de alguns dos argumentos e dos cartazes...
- E tenho falado, mas não aqui. Mas falarei depois disto.
- E não fizeste balanço do ano, nem livros, nem discos, nem filmes, nem blogs.
- Talvez ainda faça, mas só depois disto. Ou talvez não. Até quando é que achas que ainda se pode fazer?
- Isso não sei. E olha cá uma coisa: tu não dás parabéns a ninguém pelos aniversários blogosféricos?
- Não ligo a isso, para calvário já me chegam os aniversários da vidinha.
- Mas olha que isso é falta de socialização.
- Pois, má-educação, queres tu dizer. Talvez reconsidere para o ano, dá-me tempo, Leitora.
- E os links?
- O template está por um fio. Andei lá a mexer, e quase ia escangalhando tudo. Preciso de ajuda. Sabes de alguma associação de info-excluídos anónimos?
- E se pagasses a um informático, não era melhor?
- Não para as minhas economias.
- Pois. E já visitaste a nova casa do Luís M. Jorge, ex-Franco Atirador?
- Muito bonita, mas ele pediu ainda um tempo para retoques finais, antes de a linkarmos.
- Espero que não lhe aconteça como ao Senhor Walser e à sua casa no meio da floresta.
- Lagarto, lagarto, Leitora! Lá pássaros tem, mas racionalidade absoluta, felizmente, nada.
- Felizmente...

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