Os que não mudaram # 8

- Poesias, de Florbela Espanca. O principezinho, de Saint-Exupéry. O livro vermelho, de Mão Tsé-Tung. A mensagem, de Fernando Pessoa. A minha luta, de Adolf Hitler.
- Isso é o começo da tua lista, Luís?
- Seria. Pela ordem cronológica com que me cruzei com elas.
- Seria?..
- Porque nada mudando na minha vida, mudaram tanto como aqueles outros que me mudaram. Fiquei a conhecer alguns dos discursos dos demónios e das ilusões. Humano, demasiado humano. E eu lá pelo meio, como penso que nós todos, mas hoje é Sábado e deve-se dar descanso à metafísica. (risos)
-E relês, estudas, quando não é Sábado? (risos)
- Sem dúvida. E é assustador, às vezes, melhor, quase sempre, como reencontramos essas matrizes por aí à solta, todas aperaltadas e com colunas nos jornais e tudo.
- Até porque são matrizes bem antigas...
- Oh, sim, bem antigas...
- Descansamos, então?
- Descansamos, pois.

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