Um desses críticos

Cara Bénédicte Houart

Obrigado por ter deixado falar mais alto a sua faceta maternal e profissional. Tomei boa nota do finistil-gel, suas regras de aplicação e cuidados correlatos. Entrando o verão, creio bem que me será útil.
Mas, por enquanto, o problema não é de comichão. Se problema houvesse, talvez se resumisse a isto: os críticos deviam vir com pequenos manuais de instrução. Pelos menos alguns, que escrevem rapidamente em blogs de manchas impressionísticas. Esses, por exemplo, não têm pele. Quando falam de livros que os arranham, é porque a coisa faz sulcos na alma da inteligibilidade. Mas são críticos esquisitos, quer dizer, têm os seus pressupostos muito perto das suas idiossincrasias todas particulares. Porque a coisa só arranha se antes percebida, ou tendo-se antes dado a perceber. E se arranha é porque levanta a pele do percebido para outros entendimentos. Coisa que, quando acontece, esses críticos consideram a grande vantagem de ler.
Agradecendo ter-me arranhado
Luís Mourão, um desses críticos

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