Isso que vem depois, a metáfora, a vida em geral

Há quem escreva para matar a literatura que o fez nascer, até descobrir que a relação necessária da literatura ao mal é tão ingénua e pueril como a relação da literatura aos bons sentimentos.
É nesse momento que qualquer coisa fica pendurada no vazio como uma coisa qualquer.
Depois é sempre a descer. Há quem volte a escrever, quem filosofe a partir do trabalho em agências funerárias, quem não entre em histórias conhecidas.
É tudo? Provavelmente, não. Mas à vida em geral isso nada interessa, os indivíduos são danos colaterais, a vida em geral é simplesmente isso que vem depois da vida em geral.

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