Ainda
Luís Mourão
15.11.10 |
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Era um perdedor, mas sem a culpabilidade e o complexo dos perdedores. Alguns achavam que tinha tido a sabedoria ou a manha de ajustar devidamente as suas expetativas, mas ele bem sabia que se limitara a deixar seguir o mundo após ter tentado, como toda a gente, acompanhar a sua velocidade. Deixou seguir o mundo e pouco depois, simplesmente, esqueceu-se disso. Era extraordinária a quantidade de vida que existia nesses vastos terrenos por onde o mundo passara de uma vez por todas. Vida perdida, mas vida. Não havia outra maneira de dizê-lo, a palavra certa ainda era essa.
Reprise # 25
Luís Mourão
14.11.10 |
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"Acrescento: entre o último poema escrito
e o que se segue, todo o cuidado é pouco."
Teresa M. G. Jardim, Jogos radicais, Assírio & Alvim
Companhia nocturna # 84
Luís Mourão
13.11.10 |
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O fado é apenas o cais de partida, o resto passa-se lá longe, onde só há música e modos de a viver. Um esmero na palavra e na sua sonoridade, um requinte inventivo na instrumentação, uma voz sem alardes, perfeita no seu retraimento, que obriga a ouvir.
Reprise # 24
Luís Mourão
2.11.10 |
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O mundo é persistente. Estúpida, bondosa e inocentemente persistente. Não temos que escolher entre as três, elas vêm ter connosco ao mesmo tempo.
Reprise # 23
Luís Mourão
1.11.10 |
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Há duas etapas na tua vida: primeiro és um ser vivo, depois um sobrevivente.
Reprise # 22
Luís Mourão
1.11.10 |
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Vamos aos cemitérios por dever de memória. Mas também para obrigar a nossa incredulidade e o nosso escândalo à evidência do mármore e da terra.
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