Não me lembro a primeira vez que ouvi a palavra poesia. Lembro-me do primeiro poema que me fez pensar que aquilo era poesia. Eu era novo, tinha de ser novo, e Cântico negro era o poema. Houve depois mais sobressaltos e descobertas, mas já não frequento ninguém desses tempos. Hoje, sobressalto-me ainda, descubro ainda. Mas sei que não terei tempo para o esquecimento deste presente, como sei que aquilo que espero da poesia encontrou o seu lugar em mim e não serei capaz de lhe inventar um outro nem consentir que ela o faça nas minhas costas. A cada um o trabalho árduo do seu paraíso e do seu inferno: o meu chama-se romance.
A poesia em dia
Luís Mourão
21.3.11 |
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