Era um perdedor, mas sem a culpabilidade e o complexo dos perdedores. Alguns achavam que tinha tido a sabedoria ou a manha de ajustar devidamente as suas expetativas, mas ele bem sabia que se limitara a deixar seguir o mundo após ter tentado, como toda a gente, acompanhar a sua velocidade. Deixou seguir o mundo e pouco depois, simplesmente, esqueceu-se disso. Era extraordinária a quantidade de vida que existia nesses vastos terrenos por onde o mundo passara de uma vez por todas. Vida perdida, mas vida. Não havia outra maneira de dizê-lo, a palavra certa ainda era essa.
Ainda
Luís Mourão
15.11.10 |
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