Alberto Pimenta, de nada

De regresso à grande poesia política como os grandes poetas sempre a praticaram: rosnando ferozmente à atualidade com as patas bem assentes em tudo o que a cultura do passado rosnou às atualidades que historicamente nos foram calhando. Se há alguma coisa que a poesia política sabe sobejamente é isto: não há paraíso perdido; a grande criação humana existe desde sempre; a grande estupidez humana existe também desde sempre e é dotada de uma inteligência deveras letal. A Europa de hoje como IV Reich (o verso não tem esta ordem sintática, mas o seu sentido é este) é exemplo bastante disso. A ela pertence esta obra grande, como na teologia se dizia que onde o pecado abunda, a graça superabunda.