O mais difícil de perder é o hábito de criar coisas a que temos de ceder. Dizemos que cedemos a uma tentação como se nos submetêssemos a alguma coisa em vez de dizermos que criamos qualquer coisa para a ela nos submetermos. (...) Temos de nos lembrar continuamente de que os nossos vícios são invenções nossas, tanto quanto as nossas virtudes; de que nunca perdemos o controle, por vezes apenas infringimos as regras, e nunca somos inteiramente infiéis, apenas somos fieis a outra coisa.
Estamos mais interessados na regra que infringimos do que na regra a que obedecemos para a infringir. Enquanto estivermos viciados na culpabilização e na punição e não nas alternativas, nunca perceberemos a história toda. Apenas a mesma história de sempre.
A mesma história de sempre # 1
Luís Mourão
3.12.08 |
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Adam Phillips, Monogamia, Trad. de Abel Barros Baptista, Coimbra: Angelus Novus, 2008, p. 124
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