Boa noite. Vai realizar o seu primeiro teste de hap [história das artes do palco]. Gostaria de chamar a sua atenção para o facto de que este momento nunca mais se repetirá. O momento e o que nele pretende acontecer, nem mais nem menos do que o seu primeiro teste de hap. Protelo, como já percebeu. Bom, se já tinha percebido é porque estará, talvez — talvez... — em condições de realizar o seu primeiro teste de hap. Repare bem, o seu primeiro teste de hap. Fantástico, não é? Quase que apostaria que neste momento, neste exacto momento em que está prestes a realizar o seu primeiro teste de hap, quase que apostaria que está a ser muito mais fantástico do que alguma vez pensou que poderia ser, precisamente porque há alguém que lhe está a sublinhar isso mesmo. Bom, agora vem a pergunta, para haver o seu primeiro teste de hap tem de haver uma pergunta, e portanto agora segue-se a pergunta. Mas antes quero fazer notar que, atendendo ao facto de este ser o seu primeiro teste de hap, a pergunta é também fantástica, e sobre ser fantástica está ainda dotada de toda a cotação disponível para este primeiro teste, que é precisamente toda, ou seja, a totalidade da cotação, todinha mesmo. Bom, apresenta-se agora a pergunta fantástica que carrega em si toda a cotação disponível: isto que acaba de ler, isto que vai continuar a ler e que é uma continuação do que vem lendo, isto que ainda está a ler... Espere, vamos por outro lado: se isto fosse uma fala de teatro, assim é que é, se isto fosse um exemplo apenas para efeitos de pergunta, portanto: se isto fosse uma fala de teatro, seria de Sófocles ou de Shakespeare? E porquê? Responda argumentadamente bla bla bla. Boa noite e boa sorte.
bloco-notas # 12 (e ainda às voltas com a gripe b)
Luís Mourão
11.12.09 |
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