Primeiro movimento: curiosidade. Um afegão há muito em Paris, mas só ao quarto romance se atreve a escrever directamente em francês. Um certo estilo durasiano no ritmo da frase, na secura, na elipse — mas não na secreta convulsão que animava todas as personagens de Duras.
Algum tempo depois da leitura (o blog tem andado muito descuidado...), não deixa de ser sintomático que os sublinhados que ainda valem a pena sejam duas breves histórias dentro da história, duas histórias de um “folclore” em tudo idêntico aos nossos muito ocidentais contos míticos (aliás, muitos deles realmente orientais). O nosso passado remoto continua a dar matéria que baste para pensamento; quanto ao presente, não é aqui que ele nos interpela, a não ser no reconhecimento de uma realidade bem diferente da nossa. Não é pouca coisa, claro, mas para isso prefiro a qualidade de uma reportagem.
O afegão francês
Luís Mourão
29.4.09 |
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