O sacrifício final de Kowalski. O gesto soberano de um indivíduo , da sua liberdade, do seu heroísmo lúcido. Mas Kowalski tem dois aliados, e não me lembro de alguém ter falado nisso. São aliados não para o seu gesto, mas para a eficácia futura dele. O seu gesto exige a solidão e está para além da regulação da lei. Mas a eficácia futura do seu gesto pede que o social ocupe o lugar do seu sacrifício — é aí que entram o padre e a irmã do rapaz. Kowalski faz o que tem a fazer para que as coisas possam vir a ser feitas, de facto, de outra maneira. O heroísmo individual não é um fim em si mesmo, muito menos glória narcísica, apenas um preço a pagar à história pela nossa impotência em torná-la desde sempre mais humana.
Um conservador à esquerda? # 2
Luís Mourão
24.5.09 |
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