Aos primeiros acordes irrompeste em lágrimas. Não era a música, apenas as circunstâncias, o curto-circuito com a realidade, com aquilo que na realidade te faltaria agora para sempre. A música fez-se ouvir depois, calando as lágrimas, sentando o teu corpo por dentro, abrindo-te no rosto uma luz breve de aceitação – nada de kitsch sentimental, apenas a sobriedade poética de uma balada. Outro mundo, continuando na realidade este. Poucos o conseguem verdadeiramente. E menos vezes ainda temos a oportunidade de o saber com esta clareza involuntária, e por isso certa.
Jasmine
Luís Mourão
21.8.10 |
0 Comments
|
This entry was posted on 21.8.10
You can follow any responses to this entry through
the RSS 2.0 feed.
You can leave a response,
or trackback from your own site.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário