Gostaria, às vezes, de sentir um pouco mais de comoção
por isto a que chamamos mundo. Mas as generalizações,
ainda que bem intencionadas, nunca foram o meu forte.
Limito-me a gravar na epiderme o som febril das ambulâncias,
o grito feliz ou exasperado que pela última vez se cruza
com estes versos e com as ruas onde fingi estar vivo.
Desta semana, no mundo, se poderia simplesmente dizer
que nasceram ou morreram alguns cadáveres novos.
Mas até isso, logo que amanhece, nos fazem esquecer os lagos.
Manuel de Freitas, Brynt Kobolt, Averno, 2008, p. 15
Das paisagens # 9
Luís Mourão
28.6.08 |
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