O romance de Ian McEwan, com o mesmo título, é magnífico. O que pressagiava um desastre médio ou total. Mas desde a música do genérico — o bater de uma máquina de escrever como percursão de um ritmo avassalador e encantatório — e da sua cena inicial — essa marcha triunfante da pequena miúda pela casa, levando na mão a sua peça —, sabemos que estamos plena e inteiramente no cinema. E o melodrama no cinema são os rostos, a história simples que torna um amor impossível, a vida inexorável que nos torna iguais a nada. O milagre é ainda se poder fazer um filme assim. Melhor: o milagre é ainda se poder fazer um filme assim e ele ser visível.
Multiplex # 37 (um)
Luís Mourão
22.1.08 |
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