A fórmula nunca me foi totalmente convincente, mas posso reconhecer-lhe alguma pertinência: o escritor é a voz (ou dá voz) aos que não têm voz. Neste momento, interessa-me sublinhar o contraponto disto: o escritor não deve usurpar a voz dos que querem falar pelos seus próprios meios. Sobre os últimos acontecimentos que muito em contraluz este blog deixa sub-entender, não serei nem mais claro nem mais insistente. Eles serão relatados em primeira pessoa noutro lugar, pela voz própria de quem é o centro involuntário dessa história. Sou acompanhante, de alguma forma sobrevivente, e há aí também uma história. Mas não antes de a história principal ser contada. Os que sabem do que estou a falar, compreendem que, eticamente, esta é a coisa certa a fazer; os que não sabem do que estou a falar, compreenderão que penso ter motivos fortes para algumas elipses.
Elipses
Luís Mourão
13.11.07 |
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This entry was posted on 13.11.07
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