- Ouve isto: “rastilhos que ateaste / em nome da euforia descartável / que foi sempre o desejo”.
- Poesia?
- Sim. Fernando Pinto do Amaral, A luz da madrugada. Tu achas que o desejo é uma euforia descartável?
- Acho que há uma idade em que descobrimos que o segredo do desejo talvez seja esse.
- Talvez?
- Porque quando nos descartamos do desejo, alguma da nossa pele vai-lhe pegado. E dói. Mas o corpo, já sabemos, segue a lógica da decomposição.
Ocorrência # 3
Luís Mourão
10.12.07 |
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