Fora de tempo # 37
Fora de tempo # 36
Fora de tempo # 35
23:52
fico-me então pelo plano A, amanhã levanto-me às sete e vou trabalhar
22:40
21:40
21:09
previsões às nove: um pouco de sócrates, um pouco de louçã, um pouco de portas, um pouco de caos, incidências parlamentares
20: 47
20:42
piquena dúvida: mando as faianças da Titi para o brasil, ou será suficiente guardá-las no gabinete da maria de lurdes rodrigues? empréstimo para estudo sociológico, claro...
19:42
Fora de tempo # 34
Fora de tempo # 33
Ponto de passagem 2009
Fora de tempo # 32
Fora de tempo # 31
Fora de tempo # 30
Fora de tempo # 29
Fora de tempo # 28
Companhia nocturna # 67
Fora de tempo # 27
Fora de tempo # 25
O poeta deve procurar a palavra certa?
Donde:
[agora vou nadar os meus trezentos metros estilos e duas braçadas de mariposa — e já se vê que a minha incapacidade poética descende em linha reta da minha incapacidade de nadar mariposa]
Fora de tempo # 24
Fora de tempo # 23
Fora de tempo # 22
Continua a esmiuçar
Fora de tempo # 21
Fora de tempo # 20
Fora de tempo # 19
Fora de tempo # 18
Talvez assim se estabeleça, mais uma vez (ainda), a necessidade operativa da poesia (complexa, distinta, de alguns) para chegar a “nenhum”. Não é por acaso, diz-se. Porque se o fosse, mesmo o tom menor, postado à cabeceira de uma esfinge que nunca se deu por doméstica, ficaria por demais em perigo.
Fora de tempo # 17
Fora de tempo # 16
Fora de tempo # 15
Prescrição
Fora de tempo # 14
Fora de tempo # 13
Fora de tempo # 12
Harry Flint & Isabella
Fora de tempo # 11
Fora de tempo # 10
Fora de tempo # 9
Companhia nocturna # 66
Fora de tempo # 8
Fora de tempo # 7
Fora de tempo # 6
Como nos bares decrépitos
do red light district, há letras
do meu nome que já não
se acendem e outras
que piscam ou
tremeluzem
a noite inteira. (p. 53)
Fora de tempo # 5
Prazer suplementar. Imaginar Hélia Correia traduzindo Onetti, corrigindo Onetti, sendo corrigida por Onetti, indistintamente inventando para português o que sempre chega numa língua estrangeira: nós, o mundo, a existência — tudo quase ilegivelmente estrangeiro. Eu disse prazer suplementar?
Fora de tempo # 4
O segredo que se mantém segredo, mesmo quando pensamos que parcialmente desvendado, torna-se exercício de cuidada ambiguidade. Como não admirar essa estratégia, a sua fina relojoaria, o modo como sucumbimos com prazer às reviravoltas ditas e às postumamente adivinhadas? (Postumamente? Curioso, muito curioso...).
Mas pouco me interessaria (ou só museologicamente, digamos assim) se, desde o princípio, esse homem que chega ao lugar do sanatório arrastado pela sua doença, não viesse para morrer: “Incrédulo, de uma incredulidade que ele próprio foi segregando com a atroz resolução de não se iludir. E, dentro da incredulidade, uma desesperação contida sem esforço, limitada espontaneamente, com pureza, à causa que a faz nascer e a alimenta, uma desesperação à qual já está acostumado, que conhece de cor.” (p. 18-19).
Conheço este homem melhor que a mim mesmo. E sei exactamente que o que há de obscuro em mim é existir ainda.Fora de tempo # 3
Fora de tempo # 2
Fora de tempo # 1
A quantidade de dor, sufoco, vulgar vida de frágeis humanos que me impediu de te ler quando me chegaste às mãos. Soterrado sobre outros, sim, sempre os livros me existiram soterrados sobre outros, esperando a sua vez, mas nesses tempos era sobretudo a vida que nos tinha soterrado. Como de resto acontece muito, e não era sequer a primeira vez. Limpo à tua volta esse passado incorrigível e já aceite. Chamo a esta praia Chesil. A ela tanto lhe faz, que sabe apenas de areia, mar e passagem do tempo. Quando te acabar, voltará ao seu nome e nós ao presente que ainda temos: areia, mar e passagem do tempo.
Póstumos
Frente-a-frente
Quando não se está a escrever aqui, está-se a escrever noutro lado. Aliás, quando se escreve aqui, é sempre para ir para outro lado. Apenas se passa por aqui. Mas o metabloguismo já teve os seus dias, adiante.
Como se desta janela se visse o mar nocturno
As obras de remodelação estão quase concluídas. Pequenos acertos ainda, mas a casa está habitável e já se pode trabalhar com sossego. Nada disto seria possível sem o Carlos Vaz, que com grande paciência e subtil bom gosto, deu corpo às minhas vagas ideias minimalistas. Obrigado, Carlos.