“É absolutamente verdadeiro aquilo em que desemboca Wittgenstein: que, na crença religiosa, é, sobretudo, e essencialmente, o ponto de partida que é verdadeiro, a saber, que a situação do homem é desesperada.” (p. 18).
Absolutamente verdadeiro, sim. O que sempre me espantou é como Wittgenstein demorou tanto tempo a lá chegar, porque foi dar uma volta tão grande. E o pernicioso que disso passou para a chamada filosofia analítica: quando acertam, demoram voltas e voltas de fundamentação, já andamos nós a fazer outras coisas há séculos. Tenho uma hipótese: eles dão voltas e voltas porque estão a fugir à cama. A coisa é sempre sexual. Naquele sentido de que há um júbilo da situação desesperada do humano, e é só na cama que se sabe dela: se fôssemos auto-suficientes como deuses, a cama não estaria aí para nada.
0 comentários:
Enviar um comentário