É exactamente assim que o lembro: este o rosto, e o preto da indumentária. Terá sido no Instituo Franco-Português ou na Gulbenkian, anos oitenta, pouco importa. Não fui para o ouvir, raramente vou por isso, mas para vê-lo falar.
Ele estava-se absolutamente nas tintas para a pose e para o contentamento de si. E também para o pensamento a pensar-se a si mesmo. Tinha a ironia da fórmula e a secura da futilidade da fórmula. O conforto de não ser bonito nem elegante. E a inteligência de não jogar no charme nem na teatralidade.
Poder-se-ia conversar com aquele homem muito tempo sem trivialidades nem filosofias. E o silêncio depois disso seria natural como fumar um cigarro ao cair da tarde.
Baudrillard # 2: vendo
Luís Mourão
14.3.07 |
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