Estávamos em estudo. Nele entrava
com vagares de apuro, a terra viva.
Trazia, tensa, a indefectível graça
dos animais. Trazia
gaivotas , rolas e a maré alta
duma respiração que as retinha.
E trazia um silêncio que empolgava
a abóbada celeste. Na retina
o azul estendia uma doçura larga
de onde, objectivos, os pinhais surdiam,
para reterem sobre a sua massa
o andamento tangencial da vista.
E o estudo subia. Tinha falta.
O último padrão de nostalgia
sentara tenda dentro da palavra
e era dela que também subia.
Fernando Echevarría, Lugar de Estudo, Afrontamento, 2009, p. 44
Lugar de estudo # 1
Luís Mourão
14.6.09 |
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