Ninguém, como Bergman, filmou as mulheres naquela dobra em que uma misogenia que não esconde a sua desvastadora solidão se torna disponibilidade para olhar atentamente esses rostos e as suas vidas secretas e diferentes. E por isso, ninguém como Bergman filmou a vida de casal como dificuldade de comunicação. E sobretudo, como atracção irreprimível pela comunicação: diálogos torrenciais, densos, torturados. E sabendo ir até ao fim das coisas, Bergman é também dos poucos que faz jus à expressão "silêncio ensurdecedor".
Bergman # 3 – mulheres, casal
Luís Mourão
31.7.07 |
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