De súbito anoiteceu mais cedo, ou fui eu entrando pelo anoitecer no cuidado escolar da leitura. Chove como no inverno, o que de alguma forma torna mais natural o trabalho. Arrumo as teses. Gente que eu não conheço, mas que já sei no seu esforço, na hipótese de uma palavra justa, no escorregar de um movimento em falso, no brilho de um achado. Gente com vida à volta, que a essa vida retirou para um texto, que deste texto espera quase nada para a restante vida, a não ser talvez que tudo se possa ir esquecendo. Até que um dia, mais tarde, muito mais tarde, uma imagem surja e tudo se resgate não se saiba bem como. É essa a história secreta e não contada das teses. Sei do que falo, por mim e por outros, mas o segredo simples é de cada um e assim deve ficar.
Os trabalhos e os dias (22)
Luís Mourão
22.7.07 |
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