Duas raparigas em conversa na mesa de trás, vinte e poucos anos. Reconstituindo a história, dá qualquer coisa como isto. Ela foi almoçar com ele depois de alguma ausência. No reencontro percebeu que, finalmente, já não estava apaixonada por ele. Sentiu alívio. E alguma tristeza por esse sentimento ter desaparecido. Disse-lho. Ele sentia a mesma coisa. Agora, passados uns dias, e porque ela ia voltar a partir, ele tinha mandado uma mensagem de despedida: tinha saudades deles juntos, e tinha alivio por já não haver eles juntos. Ela respondeu-lhe que não tinha saudades nem alívio, passado é passado, mais nada. A outra sentenciou: os homens são tão lentos.
A lentidão dos homens
Luís Mourão
27.9.08 |
0 Comments
This entry was posted on 27.9.08 You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários:
Enviar um comentário