Ele sempre tinha dito que nascer pobre era acidente, mas casar pobre seria estupidez. Cumpriu. Por acaso, enviuvou cedo. E agora, quando lhe perguntou se o amava, ela respondeu: Sim, amo-te, mas isso seria irrelevante se fosses pobre. Pesadas as coisas, achou que não poderia desejar melhor resposta. Aliás, era o cúmulo da sorte. Se fosse num romance do Eça, teria tido imediatamente uma apoplexia. Como é uma história dos nossos dias, mudaram-se para um condomínio privado.
Psicopatologia da vida quotidiana # 39
Luís Mourão
24.9.08 |
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