Quando ele diz que não sabe, não lhe interessa saber, não quer mesmo saber, o mais importante não é a ignorância. A ignorância nunca seria capaz desta fórmula tão ostensiva de recusa. O importante é o grau de saber a partir do qual ele diz que não sabe, não lhe interessa saber, não quer mesmo saber. Porque nesse grau de saber, o que ele sabe gostaria de não sabê-lo, interessava-lhe não sabê-lo, não quer mesmo sabê-lo. Mas é demasiado tarde. O problema não é a ignorância, é a angústia. Só ela pode formular uma tão ostensiva recusa do mundo. Que por acaso também chega sempre demasiado tarde, porque já estamos plenamente vivendo.
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This entry was posted on 26.10.09
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