O elo entre natureza e sexualidade nunca foi natural. Mas houve uma época em que funcionou com vantagens mútuas, desembaraçando a natureza das suas metafísicas românticas e a sexualidade das suas reprodutibilidades sociais. Por assim dizer, variações da carne tornada extensa: ficavam os humanos com um vasto campo de experiência maior do que eles próprios, repousava a natureza na sua condição terrena, frágil e desejante. Foi esse elo que Courbet pintou, ou de que falaram D. H. Lawrence ou Kerouac. Foi visto pela última vez em Woodstock.
A quase ninguém interessa hoje esse elo. A natureza é preocupação, empecilho ou cenário de jogging. A sexualidade é também preocupação, empecilho ou cenário de fantasmas.
Bem entendido, sou um fóssil. O que vale é que mesmo numa espécie em extinção, ainda se pode morrer aos pares.
ao cimo, La source de la loue e L’origine du monde.
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