Coisas que se percebem melhor quando se lê num quarto de hotel.
O que lês nunca é sobre o teu ego (coisa estreita) ou mesmo sobre a tua pessoa (coisa um pouco mais larga). Mesmo quando o texto te tem como destinatário, não pode senão falhar nisso. O que lês é sempre sobre o fundo impessoal no qual nos recortamos como egos (coisa estreita) e como pessoas (coisa um pouco mais larga). Os rasgões, as pontas soltas, mesmo a alta costura com que te fizeste — lá, isso é apenas o deserto inalterável e soberano a perder de vista. O resto são equívocos, mesmo que os oásis sejam reais.
Imagem de Barton Fink, dos Coen
Pequena teoria da literatura para uso doméstico # 3
Luís Mourão
2.10.08 |
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