As pessoas mal dão por isso. Um belo dia sentem a necessidade de olhar o céu, vêem azul, um azul fino, alegre, e dizem: “Já sei.” Depois descobrem as pombas do Rossio e as colinas pousadas diante do rio, cobertas de uma luz macia, feminina: descobrem uma nova expressão no andar das mulheres e um novo perfume — nelas e na cidade. E todos regressam mais tarde aos autocarros e a casa. É isso a Primavera: um novo sentido no olhar, uma nova velocidade. “Já sei”, dizem as pessoas.
Uma nova velocidade
Luís Mourão
25.4.08 |
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José Cardoso Pires, Lavagante, encontro desabitado, p. 63.
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