Por mail, o Abel Barros Baptista elabora a partir do post abaixo:
“ (...) A respeito do Quixote (e nota que não estou a discordar de ti, apenas a elaborar a partir de uma frase que escreveste e que, sei bem, não corresponde necessariamente ao que pensas) não me parece que seja sobre uma personagem cuja vida foi mudada pelos livros que leu: é sobre uma personagem cuja vida foi mudada realmente por ser... personagem de um livro que alguém leu! Houve quem lesse esse livro (a primeira parte) e fizesse acontecer (na segunda parte) o que nele não chegou a acontecer. Se se quiser falar da acção ou dos efeitos dos livros sobre a vida das pessoas, o assunto nasce e morre com o Quixote.”
Subscrevo por inteiro. Mas depois talvez tivesse de escrever também algo um pouco diferente. Mas seria depois de subscrever por inteiro, o que faz uma grande diferença de não subscrever nada de nada. E subscrevendo, só escreveria algo mais neste sentido: há coisas na literatura que estão sempre a regressar, é da natureza da coisa, ainda que eu não me atrevesse a postular qualquer natureza à coisa, longe de mim... E nessa natureza da coisa que eu não me atreveria de todo em todo em postular, os efeitos dos livros sobre a vida das pessoas são uma das cenas de origem, parte trauma parte promessa falhada parte comunidade por vir. Enfim, coisas sempre de muito antigamente, sem dúvida.
Correio quase interno ou Os que não mudaram # 5
Luís Mourão
6.9.07 |
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