tempo para aprender a falar o mundo segundo o ritmo da poesia:
Lembro-me de três factos, apesar de
«não te podes recordar»
ouvir acerca de fugaz instante: na casa velha, que era
dos Vieiras, a porta da rua dava para uma sala, sentado
numa cadeira de bunho, manta sobre as pernas
o meu avô paterno.
O ritmo do mundo tem também as suas cesuras e as suas elisões. Mas o que a poesia corta e retira é para que o ritmo do mundo se pareça com o ritmo da poesia que o fez nascer. Como se tudo viesse de nós — memória e invenção são irmãs gémeas —, sabendo que simplesmente tudo passa através de nós. Mas que o ritmo se altera, alterando-nos. Cortar e retirar.
Quanto tempo, quanto
Luís Mourão
2.6.07 |
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