A Leitora, no seu infinito particular (XXVII)
Luís Mourão
2.10.06 |
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- Agora sim, dei conta. O tempo está ligado à mudança, mas não pela sua duração, apenas pela sua intensidade. Um minuto pode ser suficiente, uma vida inteira pode ser mera repetição. É muito diferente quando o sabemos a partir de nós.
- E diferente de cada vez que o sabemos.
- Vês essa moldura de branco em torno do quadro? É a ambivalência do lençol, Luís. Foi este o tempo que precisei para o saber.
- O lençol do prazer, o lençol do sudário?
- Sim, mas sem amour à mort.
- Já não é da tua geração, de facto.
- De facto, não. Mas a aceitação é. Ou devia ser. Achas lamechas?
- Não quando dito com a tua voz.
- Precisamos de falar longamente.
- Então é melhor desligar isto.
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