Perfume

Embora seja no romance que encontremos o melhor da sua arte, convirá não esquecer que Marido e outros contos (1977) é uma obra absolutamente notável e que O belo adormecido (2004), metade por metade, é não menos notável. Praça de Londres não vai tão alto, e creio que antes de mais o problema está na brevidade destes contos — a escrita de Lídia Jorge precisa de espaço para a reiteração e para a construção do pequeno pormenor que devém decisivo. Em todo o caso, e só por isso já valeria a pena, o último conto, Perfume — o mais extenso, claro —, é de antologia.

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