A Leitora, no seu infinito particular (III)
Luís Mourão
30.3.06 |
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- Até que enfim, já estava aqui a fazer um grande filme com a sua incomunicabilidade!
- Eis o esplendor da frase sintomática.
- Como?!
- A prova de que você existe, e tem a idade que tem, mais os conhecimentos que pode ter.
- Agora perdi-me... O Luís está bem?
- Trabalho a mais, é só. Mas a questão da sua frase é simples: o “grande filme” é uma expressão bem da sua geração, o “incomunicabilidade” já é um termo da sua instrução acima da média.
- Tanta análise para coisa tão miúda.
- A importância do pormenor, do sintoma. Não esquecer, Leitora. E consigo, tudo bem?
- Mudei de música, estou mais próxima do sol, agora. Com brisa leve, qualquer coisa de agridoce no ar. Desfaz-se nas calmas, mas deixa rasto. É disso que preciso.
- Também não apanho essa, pois não?
- Mas pode ouvir um bocadinho, eu subo o volume.
- Não sei meter áudio no blog, deixe estar.
- Mas quem estava a falar do blog? Eu ofereço-lhe daqui um bocadinho, acho que lhe vai fazer bem. Vá, ouça, depois amanhã falamos. E descanse. Ou como li num sítio qualquer, feche o dia...
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This entry was posted on 30.3.06
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