- Ao contrário de alguma crítica, não vi simplismo nenhum, Leitora. Nem panfleto anti-globalização, nem que as histórias se perdessem.
- É verdade que o mundo está como está, mas isso ninguém o nega. A questão é que num mundo destes é difícil escapar ileso. Mas sempre o foi. Iñárritu podia-se ter ficado por um bairro de uma grande ou média metrópole, a questão seria a mesma.
- Entrelaçar os três continentes é um bom dispositivo narrativo, e a parte asiática, em termos de cinema, tem as sequências mais arrebatadoras, e um espantoso final.
- Mas também se percebe que a ligação entre as três histórias faz um mosaico que pede uma leitura política.
- Claro, Leitora. E porque não, se isso da política atravessa de várias formas o nosso quotidiano mais comezinho? Aliás, acho que a questão da política, aqui, é mesmo essa: ela não obriga directamente a fazer, mas condiciona as possibilidades do fazer. Rouba-as, no fundo. Não vejo como negá-lo. Isso é uma parte do drama.
- Sim, a outra é que a morte existe, e não é fácil lidar com isso.
- Nunca foi. Acho que nunca será...
Multiplex 23
Luís Mourão
31.1.07 |
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This entry was posted on 31.1.07
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