— Um documentário sobre uma anedota, quem diria.
— Já vê, Leitora, há espaço para tudo. A ideia até é curiosa, embora se esgote em si mesma. Conhecia a anedota?
— Não. Mas não me vai perguntar qual seria a minha versão, pois não?
— Esteja descansada. Não é que fizesse mal ao blog, mas também não vale a pena. E o que me interessou mais foi o conceito: uma anedota que é em si mesma um dispositivo que só ganha relevo com a variação. Um ponto de partida: um tipo que vai ter com o seu agente e lhe diz: tenho uma ideia óptima para um novo número. Ai sim? Ora conta lá. E depois da descrição, que cada um enche com as obscenidades mais inimagináveis, a punch line: E como se chama esse número? Os aristocratas. Entrada e saída, o resto é à vontade do freguês.
— O que só prova que, em algumas anedotas, a punch line já não é o cerne da questão, o interesse passa todo para o modo de dizer e para as pequenas variações. Mas mesmo assim, eu resisto. E é por isso que a minha versão favorita da anedota é...
— Sim, Leitora?.. Não se esqueça que está em directo para o blog...
— É o número mais obsceno que cada um possa imaginar, mesmo mesmo obsceno, o agente pergunta: Interessante, e como se chama esse número? Os Aristocratas. Ah, já cá esteve um na semana passada a apresentar esse número.
Multiplex 12
Luís Mourão
30.5.06 |
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This entry was posted on 30.5.06
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