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Subscrevo. “A nova lei da reprodução medicamente assistida é um insulto” (Miguel Vale de Almeida). E o PS, com maioria absoluta, é de uma tibieza confrangedora. Poderá, em outras áreas, invocar a crise económica e coisas que tais. Mas que invoca aqui a não ser a sua incapacidade de pensar um futuro diferente?

Isabela.Palavras interditas como foder” e “A criação da mulher mutante” são dois exemplos maiores de pensamento. Além de também serem, o que é igualmente importante entre nós, exemplos raros de uma mulher a pensar a situação das mulheres.

Crítica literária. A prova de que mais vale ler os blogs do que os jornais está aqui. Num post, José Mário Silva dá-nos a ver a genialidade de Tchekov. No DN de 12 de Maio, sobre o mesmo livro e autor, o mesmo JMS dá-nos apenas uma “notícia”.

Literatura. Alguma também só ainda existe em blog. Os pequenos contos de Rui Manuel Amaral, por exemplo.

Raccord. Eis um belo tema para uma tese de mestrado: Do raccord no blog. Ou qualquer coisa assim. Ando a tentar vender a ideia. Entretanto, mais um exemplo para o hipotético corpus. O último romance de Roth, Everyman, tem um tema devastador. Não será curioso que Ricardo Gross, depois de o noticiar, faça raccord para uma Chloe Sevigny nos antípodas do romance? E não será também curioso que uma Chloe Sevigny dez, seja seguida de uma nove e outra oito, como se querendo fugir ao romance fôssemos descendo até o encontrar de novo?

Mulheres nuas. Raccord banal, este. Há três maneiras de meter mulheres nuas no blog. Salivando, que é o mais que se encontra por aí: nem a mulher tem nome, nem o fotógrafo vale. Sublimando, com mais ou menos decoro: a mulher tem nome, e o fotógrafo, mesmo que o tenha, não vem ao caso (confere o exemplo de cima, aliás evidentemente artístico). E fazendo como o Afonso Bivar: toma lá o que querias ver, mas aguenta-te à bronca com a alta referência intelectual, ou pensavas mesmo que estavas a ver uma mulher nua?

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