Claro, férias. Mas “A casa que transportamos traz / no coração em guerra uma cidade, / um sonho, um peso secreto, uma montanha” [Maria Andresen, Livro das passagens, p. 29]. A impossibilidade de nos alhearmos, directamente proporcional à impossibilidade de intervimos no curso real dos acontecimentos. Nietzsche falou intempestivamente da nossa triste condição de carregarmos o peso do passado, da História. Talvez devêssemos falar, hoje, de como o directo ou a actualidade fabricam no imediato esse mesmo peso da História, continuando a História a ser aquilo que psicologicamente sempre foi: o que não só está fora do alcance da nossa vontade, como mostra que a nossa vontade é quase nada.
Guarda-nocturno do mar # 15
Luís Mourão
31.7.06 |
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