- As noites são frescas. Não importa se apanhas peixe ou não.
- Eu já nem a cana trago. Privilégios da idade. Entras no mar e sais, ficas sentado, em pé, ligas e desligas a luz. É ainda mais relaxante.
- Que pensas quando entras no mar?
- Dantes era para ajeitar a linha, conseguir uma melhor posição, agora é apenas um lugar diferente. Sentes o frio, a impressão viva do mar na borracha. É um corpo vivo, o mar. E então sabes que estás vivo de outra maneira.
- Não te faz falta lançar? Esperar? Pressentir?
- Um dia hei-de vir para aqui e já nem precisar de entrar no mar.
- Um dia nem hás-de precisar de vir para aqui.
- Não vivemos o suficiente para isso. Não é possível aprender tanto.
Guarda-nocturno do mar # 3
Luís Mourão
26.7.06 |
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