Guarda-nocturno do mar # 20

Não há imaculada concepção do social. Ou do território, da nação. Mas também não há discurso de legítima defesa sem mancha. Ou só o há na medida em que se diaboliza o outro. Ou seja, em que se renuncia a pensar criticamente. Nos dois discursos de legítima defesa que se confrontam por trás das armas, em nenhum leio o reconhecimento da mancha. Não esperava lê-lo na legitimação daqueles a quem chamamos terroristas. Mas daqueles a quem chamamos democratas, não deveria esse reconhecimento estar no centro de qualquer discurso cujo tema seja a violência?

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