A História ensina-nos. Mas o que nos ensina não é particularmente recomendável do ponto de vista humano. Ensina-nos que a guerra resolve, até nova guerra ou à continuação dela por outro meios. Ensina-nos que o mais forte vence, mas que nem sempre o mais forte é o mais justo. Ensina-nos que quando dois que longamente se guerrearam, o deixam de fazer, e parece a todos absurdo que o possam voltar a fazer, é ou porque se estão a guerrear de outro modo ou porque são aliados contra um terceiro, ou tudo ao mesmo tempo (Portugal-Espanha seria aqui um pequenino exemplo elucidativo). A História ensina-nos que os bons princípios se firmam pela força das armas, se tornam direito e usufruem da protecção das armas que o mesmo direito legitima, e quando há rupturas graves a civilização nem precisa de dobrar a esquina da rua para se tornar barbárie, aponta logo para a porta do vizinho. Ou ainda antes disso, para as pessoas que estão a tomar chá com ela.
A História ensina-nos, mas o que nos ensina não é particularmente recomendável do ponto de vista humano. Mas precisamente desse ponto de vista, conseguimos alguma vez ser tão longamente humanos que isso se fizesse História? E contudo, como agir de outro modo senão em nome da História e da humanidade que queremos para nós? Ou da humanidade que nela pensamos ainda descobrir para nós?
A História ensina-nos, mas o que nos ensina não é particularmente recomendável do ponto de vista humano. Mas precisamente desse ponto de vista, conseguimos alguma vez ser tão longamente humanos que isso se fizesse História? E contudo, como agir de outro modo senão em nome da História e da humanidade que queremos para nós? Ou da humanidade que nela pensamos ainda descobrir para nós?
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