Acabar de ler. Preparar as perguntas. Em vez do violoncelo a chuva. Pesar as perguntas: fazem justiça ao esforço de pensamento do que li? Que pode ter sido pouco ou muito, não é isso que está em causa, mas apenas: fazem-lhe justiça? Acompanham até onde podem o caminho daquilo que o outro pensou? Dizer bem ou mal ou assim-assim numa arguição é no fundo fácil. E pode-se fazer dentro de uma certa impunidade: a gente diz alhos, o outro bugalhos. Ou vice-versa. No fim, somos nós quem dá a nota. Sem apelo. Mas houve pensamento? Encontro de pensamentos, lucidez do encontro ou da distância? Em vez do violoncelo a chuva. E por momentos as Goldberg soaram num recanto de mim. Mas era só a chuva.
Os trabalhos e os dias (17)
Luís Mourão
3.12.06 |
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