Eu sei que é uma pequena notícia, e que o essencial é dito: Maria Gabriela Llansol venceu o Grande Prémio APE 2006. Mas certos deslizes semânticos estragam o bom jornalismo, e são menos desculpáveis ainda num Jornal de Letras, Artes e Ideias. Depois de informar que o júri deliberou o prémio por maioria de três votos, a notícia não assinada acrescenta:
“votaram contra Cristina Robalo Cordeiro e Fernando Pinto do Amaral, que preferiram, respectivamente, Cemitério de Pianos, de José Luís Peixoto, e A Ronda da Noite, de Agustina Bessa-Luís” (sublinhado meu, JL nº 956, de 23 de Maio a 5 de Junho de 2007, pag. 5).
Desde quando, e logo em literatura, preferir é ser contra aquilo que não se prefere tanto?
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