No mesmo JL, Mafalda Ivo Cruz assina um notável pequeno texto sobre a sua alegria pelo prémio atribuído a Llansol. Dois excertos:
Há obras que se podem ler até ao infinito pois não acabarão nunca de se explicar. São obras cujo corpo (a explicação) é um recomeçar a falar numa ordem que de cada vez se recria e se organiza, com uma disciplina sempre diferentes, mas sempre igualmente impositiva e luminosa. Exactamente como o falar das pessoas com quem vivemos, que faz parte do nosso labirinto pessoal. E são a nossa vida íntima mental. (...)
Ouvindo, como já ouvi tantas vezes, outra versão da Oferenda Musical enquanto escrevo este texto não posso deixar de aproximar a leitura de um e da outra. Qual será a substância da força que se limita a elevar-se, a ficar sempre ao lado do agir e da clarificação que não cessa?
O que define um grande autor é a impossibilidade de o negar. É que em nós não possamos fazer nada contra ele. (...)
PS: Precisamente: nada contra ele. O que não impede de se poder preferir outro. Ou de ter votado, no ano transacto, num romance cuja "ideia de literatura" é substancialmente diferente.
Ouvindo, como já ouvi tantas vezes, outra versão da Oferenda Musical enquanto escrevo este texto não posso deixar de aproximar a leitura de um e da outra. Qual será a substância da força que se limita a elevar-se, a ficar sempre ao lado do agir e da clarificação que não cessa?
O que define um grande autor é a impossibilidade de o negar. É que em nós não possamos fazer nada contra ele. (...)
PS: Precisamente: nada contra ele. O que não impede de se poder preferir outro. Ou de ter votado, no ano transacto, num romance cuja "ideia de literatura" é substancialmente diferente.
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