Não revi ainda Blow-up. Esqueci tudo excepto, digamos assim, a consequência do olhar: a impossibilidade de folhear um álbum de fotografias sem a hipótese de um sobressalto. Que outras imagens imperceptíveis, mas prontas a saltar e a devorar-nos, estarão dentro daquelas imagens que dizemos que vemos? Nunca isto foi para mim o princípio do terror, mas apenas o princípio da realidade e da angústia que lhe pertence. Depois veio Lynch e eu percebi que tinha lido errado em Antonioni: é o princípio da realidade, sim, mas enquanto terror e gozo, terror do gozo.
Antonioni # 2 – uma imagem esconde outra imagem
Luís Mourão
1.8.07 |
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