Foi no seminário de mestrado sobre poesia portuguesa contemporânea, mesmo antes de partir para Paris. Cada sessão um autor. O Eduardo abria os livros, ia falando, e depois lia aqueles versos certos dentro do que ia falando. Alguém dizia alguma coisa e o Eduardo dava uma volta para aproveitar melhor o que tinha sido dito e lia um outro verso certo. Nunca andava à procura, sabia sempre onde estava. Ao longo das sessões fui espreitando para os livros — nem uma única anotação. Nada. Um dia perguntei como era possível que lesse sem uma única anotação. O Eduardo sorriu: estes são os livros de dar aulas, os outros não saem de casa.
Eduardo
Luís Mourão
27.8.07 |
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