- Hibernação, dizes tu?
- Uma hibernação de disponibilidade, se isso faz algum sentido. Podem esperar séculos, milénios, mas quando pegas no livro ele fica vivo para ti.
- Desculpa que pergunte, mas essa metáfora adianta alguma coisa ao que já se sabe que um livro é? Essa coisa trivial de uma mala de signos à espera que alguém a reclame?
- A biblioteca como depósito de perdidos e achados?
- O livro como depósito de perdidos e achados. Não importa a organicidade que reclame ou a ordem a que os submetas. Quando levantes os olhos da página ou da prateleira, é o caos, mesmo que seja só uma ordem a perder de vista.
- Mas enquanto lês...
- Respiras. Pagas a disponibilidade do livro com a tua própria disponibilidade.
- Pagas?
- Qualquer coisa assim, deixa lá, não leves tão à letra, ou então dá-lhe a guinada metafísica e já deve ficar mais apresentável (risos).
- Pois... (risos).
Bom polícia, mau polícia # 5
Luís Mourão
19.8.07 |
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