É uma das obsessões de Steiner: a cultura do livro, que definia o ocidente até agora, está a perder as condições da sua primazia. En passant, um outro feixe de obsessões: as razões do ódio de alguns aos livros e como foi possível a intelectuais como Heidegger produzirem obra marcante e serem cidadãos bem-comportados perante o regime nazi. Isto é, o que há de autismo na cultura do livro para que a humanização que deveria ser a sua marca específica se possa realizar numa indiferença absoluta perante a sorte da realidade. O tom é de conferência de cultura geral, sem especialização árdua ou tentativa de resposta complexa. Mas como sempre, Steiner tem pequenas notas extraordinárias, que deixa rolar quase com displicência. São esses pequenos achados, mais até do que a tese geral, que justificam a leitura.
O silêncio dos livros
Luís Mourão
16.8.07 |
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